Daniel Capítulo 1
Daniel Capítulo 2
Daniel Capítulo 7
Daniel Capítulo 8
Daniel Capítulo 9
Daniel Capítulo 10, 11 e 12
Contexto
1 PERÍODO DA HISTÓRIA - EXÍLIO
Em 605 aC, o príncipe Nabucodonosor liderou o exército babilônico de seu pai Nabopolassar contra as forças aliadas da Assíria e do Egito. Ele os derrotou em Carquemis, que estava então sob controle assírio. Esta vitória deu a Babilônia a supremacia no antigo Oriente Próximo. Com a vitória da Babilônia, os vassalos do Egito, incluindo Judá, passaram para o controle da Babilônia. Pouco depois, naquele mesmo ano, Nabopolassar morreu, e Nabucodonosor o sucedeu como rei.
Nabucodonosor então invadiu Judá e levou alguns cativos reais e nobres para a Babilônia (Dan. 1:1-3), incluindo Daniel, além de alguns dos vasos do Templo de Salomão (2 Crônicas 36:7). Esta foi a primeira das três deportações de Judá nas quais os babilônios levaram grupos de judeus para a Babilônia. O rei de Judá naquela época era Jeoiaquim (2 Reis 24:1-4).
- Primeira deportação: em 606/605 aC um pequeno grupo de nobres entre eles Daniel e seus amigos são levados para a Babilônia com os tesouros reais.
- Segunda deportação: em 597 aC toda a corte real (Joaquim) e um grupo de cerca de 10 mil pessoas. Ezequiel estava nesse grupo.
- Terceira deportação: em 587/586 aC cerco de Jerusalém, destruição do templo, Zedequias é levado, seus filhos mortos, fim da dinastia de Davi. Parte dos judeus fogem para o Egito, entre eles é levado Jeremias.
O filho de Jeoiaquim, Joaquim (também conhecido como Jeconias), o sucedeu em 598 aC. Ele reinou apenas três meses e 10 dias. Nabucodonosor invadiu Judá novamente. Na virada do ano, em 597 aC, ele levou Joaquim para a Babilônia, junto com a maioria dos líderes remanescentes de Judá, incluindo o jovem Ezequiel, e o restante dos tesouros nacionais de Judá (2 Reis 24:10-17; 2 Crônicas 36: 10).
Uma terceira e última deportação ocorreu aproximadamente 11 anos depois, em 586 aC. O irmão mais novo de Jeoiaquim, Matanias, cujo nome Nabucodonosor mudou para Zedequias, era então o rei fantoche de Judá. Ele se rebelou contra a soberania da Babilônia ao fazer secretamente um tratado com o Faraó Hofra sob pressão dos nacionalistas judeus (Jeremias 37-38). Após um cerco de 18 meses, Jerusalém caiu. Nabucodonosor voltou a Jerusalém, queimou o templo, derrubou os muros da cidade e levou cativos para a Babilônia, exceto os judeus mais pobres. Ele também levou Zedequias como prisioneiro para a Babilônia, depois de executar seus filhos e arrancar os olhos do rei, em Riblah, em Aram (atual Síria; 2 Reis 24:18—25:24).
2 AUTOR DO LIVRO E PERÍODO
Daniel possivelmente era apenas um adolescente quando foi trazido cativo para a corte babilônica. Seu ministério deve ter durado por 70 anos até o ano 536 aC. A maioria dos teólogos supõem que ele possivelmente morreu com 85 anos. Possivelmente, o retorno do primeiro grupo de judeus a Jerusalém aconteceu em 538/537 aC. Enquanto Daniel exercia seu ministério na corte babilônica, havia mais dois profetas que foram seus conterrâneos. Ezequiel foi o profeta que profetizou com os exilados na Babilônia, junto ao campo, parte pobre. Ezequiel citou sobre Daniel em Ez 14:14 e 28:3. Outro conterrâneo foi Jeremias, que profetizou de Jerusalém e viu sua queda. O próprio Jesus cita a importância do livro de Daniel em Mateus 24:15. Boa parte do livro de Daniel foi escrita em Aramaico, língua dominante da época, o que alguns simbolizam como uma mensagem que vai além do povo de Israel. Enquanto, Ezequiel profetizou no meio dos Israelitas foi escrito em hebraico.
3 PROPÓSITO DO LIVRO
a) Soberania de Deus: Teologicamente, o livro enfatiza o controle de Deus sobre todas as coisas. A absoluta soberania e transcendência de Deus acima de todos os anjos e homens literalmente permeia o livro. Esse tema que percorre todo o livro é que a sorte dos reis e os assuntos dos homens estão sujeitos aos decretos de Deus, e que ele é capaz de realizar sua vontade apesar da mais determinada oposição dos mais poderosos homens da terra. Apesar do colapso, queda e sofrimento de Israel e Judá, o livro de Daniel deixa claro que o Senhor Deus permanece absolutamente soberano sobre os assuntos humanos. Isso é aparente no presente, apesar das condições políticas e religiosas que podem sugerir o contrário, e no futuro, quando não haverá dúvidas na mente de ninguém. Apesar de primariamente a profecia olhar a realidade e futuro de Israel, ela também traz o domínio e alcance sobre as nações, bem como uma mensagem intrínseca ao futuro corpo de Cristo, a igreja.
b) Plano Redentor de Deus: O livro traz detalhes importantes sobre o conflito de Gênesis 3:15 e Números 24:11, sobre a vitória do Filho do Homem (primeira vez que esse termo é usado na Bíblia, e mais tarde repetido por Jesus) sobre a semente da serpente. Assim, profecias de Daniel também revelam o cumprimento do grande plano da promessa que começou na queda e culminará no retorno e reinado do Filho do Homem na terra.
c) Poder da Oração: Uma terceira ênfase teológica é o poder da oração. A obra de Deus em resposta às orações de Seu povo é evidente em todo o livro, especialmente nos primeiros seis capítulos e nos capítulos 9 e 10.
d) Graça de Deus: Embora os judeus tivessem falhado miseravelmente com Ele, Deus revelou que Ele não havia rejeitado Seu povo Israel. Ele os estava disciplinando no presente, mas Ele tem misericórdia e salvação em um futuro.
4 ESTRUTURA DO LIVRO
Este esboço reflete as divisões linguísticas do livro, capítulos 1,8 a 12 tendo sido escrito em hebraico e os capítulos 2 a 7 em aramaico.
Capítulo 1: O caráter de Daniel
a. Antecedentes históricos 1:1-2
b. Programa de treinamento de Nabucodonosor para jovens promissores 1:3-7
c. A determinação de Daniel em agradar a Jeová 1:8-13
d. O sucesso do teste 1:14-16
e. A bênção de Deus sobre Daniel e seus amigos 1:17-21
Capítulo 2: Os tempos dos gentios: o programa de Deus
a. O primeiro sonho de Nabucodonosor: o quadro geral
b. O sonho do rei 2:1-3
c. O fracasso dos sábios do rei 2:4-13
d. Pedido de Daniel para o tempo 2:14-16
e. A recepção de uma revelação por Daniel e sua ação de graças 2:17-23
f. A aparição de Daniel perante Nabucodonosor 2:24-30
g. O que Nabucodonosor viu em seu sonho 2:31-35
h. A interpretação do sonho de Nabucodonosor 2:36-45
i. As consequências da interpretação de Daniel 2:46-49
Capítulo 3: A imagem de ouro de Nabucodonosor
a. A adoração da estátua de Nabucodonosor 3:1-7
b. A acusação contra Sadraque, Mesaque e Abednego 3:8-12
c. A resposta de Sadraque, Mesaque e Abed-nego 3:13-18
d. A execução da ordem do rei 3:19-23
e. A libertação de Deus de Seus servos 3:24-27
f. As conseqü.ncias da libertação de Deus 3:28-30
Capítulo 4: O orgulho e a humilhação de Nabucodonosor
a. Doxologia introdutória de Nabucodonosor 4:1-3
b. A frustração do rei com seu segundo sonho 4:4-9
c. Nabucodonosor relata seu sonho 4:10-18
d. A interpretação de Daniel 4:19-27
e. O cumprimento da disciplina ameaçada 4:28-33
f. A restauração de Nabucodonosor 4:34-37
Capítulo 5: A festa de Belsazar
a. Belsazar desonrando o Senhor 5:1-4
b. A revelação de Deus a Belsazar 5:5-9
c. O conselho da rainha 5:10-12
d. Pedido de Belsazar de Daniel 5:13-16
e. A repreensão de Daniel a Belsazar 5:17-24
f. A interpretação de Daniel da escrita 5:25-28
g. Ascensão de Daniel e queda de Belsazar 5:29-31
Capítulo 6: O orgulho de Dario e a preservação de Daniel
a. A promoção de Daniel no governo persa 6:1-3
b. A conspiração contra Daniel 6:4-9
c. A fidelidade de Daniel e a situação de Dario 6:10-15
d. Daniel na cova dos leões 6:16-18
e. A libertação de Daniel e a destruição de seus inimigos 6:19-24
f. Decreto de Dario e louvor ao Senhor 6:25-28
Capítulo 7: A visão de Daniel da história do mundo futuro
a. Os quatro animais 7:1-8
b. O Ancião de Dias e a destruição da quarta besta 7:9-12
c. O reino do Filho do Homem 7:13-14
d. A interpretação das quatro bestas 7:15-18
e. O pedido de Daniel para a interpretação do quarto animal 7:19-22
f. A interpretação do quarto animal 7:23-25
g. O fim do quarto animal e o começo do reino eterno 7:26-28
h. Israel em relação aos gentios: o programa de Deus para Israel caps. 8-12
Capítulo 8: A visão de Daniel do carneiro e do bode
a. O cenário da visão 8:1
b. O carneiro 8:2-4
c. O bode 8:5-8
d. O chifre pequeno no bode 8:9-14
e. A interpretação desta visão 8:15-26
f. O resultado desta visão 8:27
Capítulo 9: A visão de Daniel dos 70 setes 9 (semanas)
a. A profecia de Jeremias sobre a restauração de Jerusalém e a resposta de Daniel 9:1-3
b. A oração de confissão de Daniel 9:4-14
c. Petição de Daniel para restauração 9:15-19
d. A resposta de Deus à oração de Daniel 9:20-23
e. A revelação do futuro de Israel em 70 setes 9:24-27
Capítulo 10, 11 e 12:
a. A preparação de Daniel para receber a visão 10:1—11:1
b. O futuro próximo 11:2-20 ou 11:2-35
c. O futuro distante 11:21—12:4 ou 11:36 – 12:4
d. O fim das provações de Israel 12:5-13