Apocalipse 15 E 16 - O derramar da ira de Deus

O capítulo 14 terminou com a colheitas dos santos e a destruição dos inimigos de Deus e o capítulo 15 aparece novamente como um interlúdio de tempo. Assim, como o capítulo 11 termina com a sétima trombeta que anuncia a volta de Jesus e depois no capítulo 12 temos outro interlúdio que volta no tempo.

Essa grande visão de Joao inicia o processo final de julgamento de Deus, estamos chegando ao fim da chamada última semana de Daniel ou o final dos 7 anos. Entendemos que essa visão traz cronologicamente alguns meses antes do grande dia da volta de Jesus. Os simbolismos de taças trazem esse contexto de algo sendo derramado e atingindo rapidamente a terra.

No versículo 2 temos novamente uma visão da sala do trono como em Ap. 4:6 e Ezequiel 1:26. Também quando Moises e os 70 anciões estão diante de Deus existe esse mar de safira em Ex 24:10. Nesse momento vemos os mártires mortos (vencem a besta conforme Ap. 12:11) na grande tribulação adorando a Deus algo semelhante a Ap. 6:10 e Ap. 7:9-14. Ao entoar o cântico de Moisés pode estar referenciando ao Êxodo 15 pois é uma canção de vitória entoado na libertação do povo do Egito. Ela também se torna a Canção do Cordeiro o grande libertador do povo de Deus.

A visão seguinte a partir do versículo 5, João vê novamente a Assembleia de Deus reunida para o processo final de julgamento na terra. A glória manifesta nessa visão nos remete a Antigo Testamento em Ex. 40:34, 1 Rs 8:10 e Isa 6:4. Interessante notar a conexão das taças de ouro com as orações dos santos em Ap. 5:8. Alguns intérpretes entendem uma conexão aqui do clamor do povo e a resposta de Deus. Lembramos também o texto de Ap. 6:10 o clamor dos mártires: até quando Tu não julgas e vinga o nosso sangue sobre os que habitam a terra?

Os julgamentos das taças que se seguem têm muitas semelhanças com as pragas que Deus enviou ao Egito, como veremos. Essas similaridades sugerem que o propósito de Deus é punir os idólatras seguidores da besta e preparar a terra para as futuras bênçãos. Possivelmente a igreja e Israel será sobrenaturalmente protegida por Deus nesse curto período como fez em Gosén.

É dado a 7 anjos sete taças cheias da ira de Deus, o fato que da voz vir direta do santuário pode indicar o próprio Deus ordenando derramar sobre a terra. Isso indica que esses julgamentos serão derramados um em sequência ao outro em uma rápida sucessão de tempo. O texto não traz indicação de tempo, porém podemos estimar poucos meses pois a Trombeta 5 fala de um tormento por 5 meses que entendemos que antecedem a vinda de Jesus. Assim, cremos que a ira será derramada no meio para o fim desse período.

Abaixo uma descrição das 7 taças ou flagelos:

7t